- Quem é que tu amas? - continuou Murphy.
- Eu, tal como sou... Podes desejar o que não existe, não podes amá-lo. - Nada mal, para um Murphy.
- Se assim é, por que diabo te esforças tanto para me modificar?
Para poderes deixar de me amar - aqui, a voz subiu e atingiu uma nota bastante honrosa - para deixares de estar condenada a amar-me, para seres dispensada de me amar.
Samuel Beckett, in 'Murphy'